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ABA para Transtorno do Espectro Autista (TEA): Sintomas e Diagnóstico

Atualmente, muito tem se falado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não é por acaso. Dados do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos EUA, datados de 26 de março de 2020, mostram uma prevalência de 1 caso de TEA para cada 54 nascimentos. Há algumas hipóteses com relação ao aumento da prevalência, tais como a adoção de um conceito mais amplo, maior conscientização dos clínicos e da comunidade, disponibilização de serviços, além de um aumento real.

Apesar de toda a divulgação com relação a esse tema, a média de idade em que o diagnóstico de TEA é realizado, no Brasil, é de 4 anos e 11 meses e, nos EUA, de 4 anos. Na contramão do diagnóstico tardio, pesquisas evidenciam que pais e cuidadores percebem os primeiros sinais de TEA aos 15 meses. Não é possível presumir os motivos que levam a esse hiato entre percepção de sinais e diagnóstico, mas o acesso à informação é um recurso que pode favorecer a intervenção precoce.

Diversas mudanças históricas ocorreram desde a primeira descrição em formato de artigo, publicada por Leo Kanner em 1943. De doença, o TEA passou a ser considerado transtorno; de comprometimento afetivo para déficit cognitivo; de etiologia psicogênica para neurobiológica. O diagnóstico de TEA é clínico, realizado por médico psiquiatra ou neuropediatra, que leva em consideração o DSM-5, que é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. O DSM-5 apresenta uma díade, isto é, duas classes de sinais que devem estar presentes no indivíduo para que o diagnóstico seja concluído: comportamentos restritos e repetitivos e alterações qualitativas e quantitativas na comunicação e interação social.

Como podemos traduzir a díade em sinais cotidianos, percebidos pelos familiares, cuidadores e professores? O primeiro ponto a ser observado é com relação à idade da criança e aos marcadores do desenvolvimento esperados para aquela faixa etária. Qualquer atraso com relação aos marcadores, é sinal de alerta e indicativo para uma avaliação minuciosa e intervenção imediata. Geralmente, o que salta aos olhos é a ausência ou déficit na fala. Mas a comunicação não-verbal também deve ser observada, como a pobreza nos gestos comunicativos (dar tchau, apontar, mandar beijos) e na imitação motora. Poucos comportamentos de contato visual podem ser observados, além de apego a rotinas e a determinados objetos. O brincar pode ser pouco funcional e o compartilhamento de atenção pode estar ausente.

Quando sinais de TEA são percebidos, mesmo se o diagnóstico ainda não aconteceu, a criança precisa iniciar a intervenção precoce e intensiva. Se a criança já está na escola, adaptações também já devem acontecer. E, que tipo de intervenção deve ser realizada? Devemos optar por práticas baseadas em evidências científicas, especificamente as intervenções baseadas em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), ensino de fala, modelação, estratégias de ensino naturalístico, treinamento parental, ensino por pares, ensino de respostas pivotais, rotinas visuais, ensino de habilidades sociais. O tempo é irreversível.

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